segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

comunicado | PT não participará da posse de Bolsonaro no Congresso Nacional

O Partido dos Trabalhadores nasceu na luta da sociedade brasileira pelo restabelecimento da democracia, em 1980. Em quase quatro décadas de existência, o PT sempre reconheceu a legitimidade das instituições democráticas e atuou dentro dos marcos do Estado de Direito; combinando esta atuação com nossa presença nas ruas e nos movimentos sociais, aprofundando a participação da sociedade na democracia.

Participamos das eleições presidenciais no pressuposto de que o resultado das urnas deve ser respeitado, como sempre fizemos desde 1989, vencendo ou não. Mantemos o compromisso histórico com o voto popular, mas isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad.

O devido respeito à Constituição também torna obrigatórios a denúncia e o protesto contra as ameaças do futuro governo de destruir por completo a ordem democrática e o Estado de Direito no Brasil. Da mesma forma denunciamos o aprofundamento das políticas entreguistas e ultraliberais do atual governo, o desmonte das políticas sociais e a revogação j;a anunciada de históricos direitos trabalhistas.

O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios.

O ódio do presidente eleito contra o PT, os movimentos populares e o ex-presidente Lula é expressão de um projeto que, tomando de assalto as instituições, pretende impor um Estado policial e rasgar as conquistas históricas do povo brasileiro.

Não compactuamos com discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. E não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política. Por tudo isso, as bancadas do PT não estarão presentes à cerimônia de posse do novo presidente no Congresso Nacional.

Seguiremos lutando, no Parlamento e em todos os espaços, para aperfeiçoar o sistema democrático e resistir aos setores que usam o aparato do Estado para criminalizar adversários políticos.

Fomos construídos na resistência à ditadura militar, por isso reafirmamos nosso compromisso de luta em defesa dos direitos sociais, da soberania nacional e das liberdades democráticas.

Deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara
Senador Lindbergh Farias, líder do PT no Senado
Senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT

sábado, 29 de dezembro de 2018

Nota de SERPAJ América Latina (Adolfo Pérez Esquivel)


http://www.serpajpy.org.py/declaracion-publica-ante-la-llegada-de-bolsonaro-al-gobierno-de-brasil-servicio-paz-y-justicia-serpaj-america-latina/

sábado, 15 de dezembro de 2018

Carta de Lula a Dilma pelo aniversário da presidenta



Querida Dilma, estou te escrevendo para te dar os Parabéns por mais um aniversário, que você tenha força para resistir atacando e não se defendendo.

Desejo toda sorte do mundo Dilminha, aqui estou preparado para enfrentar o Moro e as mentiras da minha condenação.

Dilma, meu lema agora é:

Não troco a minha Dignidade pela minha liberdade.

Feliz Natal.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Ativista Renato Freitas é vítima de perseguição policial, diz nota do PT-PR


O Partido dos Trabalhadores do Paraná vem a público se solidarizar com o companheiro Renato Almeida Freitas Jr. que mais uma vez foi vítima de ação truculenta e arbitrária da Polícia Militar de Curitiba.

Renato é advogado, ativista do movimento negro e filiado ao Partido dos Trabalhadores.

Ele estava na Praça do Gaúcho, no fim da tarde desta quarta-feira (5), aguardando uma reunião junto de mais quatro jovens. Eles foram abordados por um policial que exigiu a saída imediata do local. Renato se recusou, alegando o direito de ir e vir, e o fato de estar em espaço público, além da necessidade de participar da reunião.

Depois disso, Renato foi levado de forma arbitrária para um módulo policial, onde ficou por 40 minutos. Segundo os relatos, ele ainda foi agredido e sofreu ameaças de morte.

É a terceira vez em dois anos que Renato é vítima de agressão policial, no contexto de sua atividade política. Em 2016, foi preso pela Guarda Municipal (GM) enquanto panfletava para sua campanha a vereador. Neste ano, nova agressão da GM quando ele fazia campanha na condição de candidato a deputado estadual.

Está mais do que claro a perseguição individual a figura de Renato e também a perseguição a jovens negros que são impedidos de usufruir de seus direitos.

O PT-PR repudia a ação truculenta da PM, pede que as providências cabíveis sejam tomadas e reforça, mais uma vez, o apoio a este companheiro de luta.
Dr. Rosinha

Presidente do PT-PR